Mercado pet e perspectivas para 2017

Mercado pet e perspectivas para 2017Mercado pet e perspectivas para 2017

Como todos sabemos 2016 foi um ano de grandes reviravoltas políticas e econômicas, nosso país foi palco de grandes escândalos de corrupção, Impeachment, corte de gastos e reformas em políticas sociais. O cenário econômico brasileiro atual é de incertezas e inseguranças, mas em meio a toda essa turbulência uma luz no fim do túnel parece surgir.

A máxima de que o cachorro é o melhor amigo do homem já não consegue mais descrever plenamente a relação dos humanos com seus animais de estimação. Mais do que companheiros fiéis, os pet são hoje vistos e tratados como verdadeiros integrantes das famílias. Essa relação cada vez mais próxima e humanizada movimenta o mercado de negócios especializados, que se diversifica em relação a produtos e serviços e se torna mais rentável e profissionalizado. O nicho no Brasil, entretanto, ainda está longe de alcançar o amadurecimento de outros países, como os europeus e os Estados Unidos, o que representa oportunidades para as empresas que atuam no setor.

Há peculiaridades importantes a serem consideradas neste mercado. O segmento mais maduro é o de ração, que responde pela maior parte do faturamento e é dominado por grandes empresas. Os demais segmentos ainda são marcados pela pulverização de diversos pequenos negócios, cujo diferencial para conquista do cliente está no atendimento personalizado e na localização. Os donos de pet costumam buscar unidades próximas a suas residências e valorizam a consultoria de vendedores que possam indicar novos produtos e serviços que estejam disponíveis.

Um levantamento realizado pela Consumoteca apresenta as nuances do comportamento dos donos de animais no Brasil. De acordo com esse estudo, essas pessoas se dividem em dois grupos de consumidores: os engajados e os deslumbrados. Por engajados, subentendem-se consumidores que tem um envolvimento com causas relacionadas à proteção dos animais, geralmente adotam pets ao invés de comprar e não tem tantos gastos supérfluos com os bichos de estimação. Já os consumidores deslumbrados são aqueles que costumam comprar adereços e terceirizar os cuidados básicos dos pets, como banho, tosa e aplicações de medicamentos, ao contrário dos engajados.

A pesquisa mostra que os pet lovers são consumidores das classes A, B e C, distribuídos por várias classes etárias e que vem a si mesmos como tutores, ou pais/mães dos animais. Estes são considerados “membros” da família, vistos sob uma perspectiva humanizada.  Os novos pet-consumers possuem uma agenda atribulada de compromissos e preferem optar por serviços que facilitem sua vida no tratamento dos animais. Entretanto, isso não significa que eles não estejam barganhando. Sites de comparação de preços vêm ajudado esse público a encontrar ofertas mais interessantes para os animais. As rações, por exemplo, podem varia entre R$9,00 e R$250,00 – dependendo da marca e tamanho. De olho nessa tendência, o site Dica de Preço incluiu entre os produtos analisados os artigos de pet shop. Na ferramenta é possível ainda ter um comparador, que informa com quantos por cento de desconto aquele produto está naquele momento e suas variações ao longo dos últimos dias ou meses.

No ano de 2015 o mercado Pet atingiu R$ 18 bilhões e até o final deste ano deve chegar a R$ 19,2 bilhões, somando os segmentos de pet food (67,5% desse faturamento); pet serv (serviços como banho e tosa e outras atividades, 16,3%); pet care (equipamentos, acessórios, produtos de higiene e beleza animal, 8,1%) e pet vet (medicamentos veterinários, 8,1%). O Brasil deve permanecer em terceiro lugar no ranking do mercado mundial do setor, respondendo a 5,3% do faturamento global, atrás dos Estados Unidos, país responsável por 42% de todo o mercado mundial, e Reino Unido, segundo colocado com 6,7%. Em todo o mundo, em 2016, o setor deve faturar US$ 103,7 bilhões, alta de 1,5% sobre o ano anterior. A projeção para 2017 é de um crescimento de 6,6%. A alta tem estimulado a abertura de lojas e até de empresas para a capacitação de profissionais.

O momento é de reflexão e de levantamentos sobre como foi o ano. As perspectivas para o mercado Pet são positivas e podem garantir melhorias, mas a cautela e a execução cuidadosa de planejamentos ainda são as ferramentas mais efetivas para garantir um balanço positivo no ano que está para chegar.

Texto articulado por Larissa Florêncio de Assis, colaboradora do Setor de Patologia Clínica Veterinária da Universidade Federal de Lavras e Editora Vet Smart.

Fontes:

https://www.mundodomarketing.com.br/ultimas-noticias/36773/na-contramao-da-economia-mercado-pet-cresce-e-ganha-evento.html

https://www.mundodomarketing.com.br/index.php/inteligencia/pesquisas/305/quem-sao-os-pet-lovers-brasileiros.html

https://www.mundodomarketing.com.br/mais-mundo-do-marketing/estudos/306/panorama-do-mercado-pet-brasileiro.html?flag=-5

http://cbn.globoradio.globo.com/editorias/economia/2016/11/12/MERCADO-DE-PETS-NO-BRASIL-MOVIMENTA-R-192-BILHOES-NO-ANO.htm

http://economia.ig.com.br/2016-08-22/focus-crescimento-economia.html

http://revistanegociospet.com.br/

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